O livro, "Por uma vida melhor", busca desmistificar a noção de erro, substituindo-a pela de adequação ou inadequação. Isso porque, a Linguística, bem como qualquer outra ciência humana, não pode admitir a superioridade de uma expressão cultural sobre outra. Ao dizer que a população com baixo grau de escolaridade fala "errado", o que está-se dizendo é que a expressão cultural da maior parte da população brasileira é errada, ou inferior à das classes dominantes. Isso não pode ser concebido, nem publicado deliberadamente como foi nos meios de comunicação. É esse ensinamento básico que o material propõe, didaticamente, aos alunos que participam da Educação de Jovens e Adultos.
A publicação causou polêmica ao incluir frases com erro de concordância em uma lição que apresentava a diferença da norma culta e a falada.
Penso que se alguém fala errado não depende somente da baixa escolaridade, mas sim das mais variadas regiões do país que geralmente não são igual a nossa região um exemplo quando alguém vem de outro lugar e fala diferente em muitos casos ocorre o Preconceito Linguístico por achar engraçado ou algo do tipo, isso ocorre porque não somos acostumados com algumas palavras e o modo com que falam, mas isso não quer dizer que eu não vá entender o que ele falou, que não vamos conseguir se comunicar.
O livro didático foi distribuído para os alunos das escolas é então papel da escola ensinar a norma culta existe uma relação entre o professor e o aluno, quando o professor ou os outros alunos criticam alguém ou o deixam de lado isto acaba com a relação e ocorre também o Preconceito Linguístico.
Alguns trechos do texto qual causou tanta polêmica:
“É importante saber o seguinte: as duas variantes [norma culta e popular] são eficientes como meios de comunicação. A classe dominante utiliza a norma culta principalmente por ter maior acesso à escolaridade e por seu uso ser um sinal de prestígio. Nesse sentido, é comum que se atribua um preconceito social em relação à variante popular, usada pela maioria dos brasileiros”
“'Os Livro ilustrado mais interessante estão emprestado'. Você pode estar se perguntando: ‘Mas eu posso falar ‘os livro?’.’ Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de Preconceito Linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas. O falante, portanto, tem de ser capaz de usar a variante adequada da língua para cada ocasião”
“A norma culta existe tanto na linguagem escrita como na linguagem oral, ou seja, quando escrevemos um bilhete a um amigo, podemos ser informais, porém, quando escrevemos um requerimento, por exemplo, devemos ser formais, utilizando a norma culta. Algo semelhante ocorre quando falamos: conversar com uma autoridade exige uma fala formal, enquanto é natural conversarmos com as pessoas de nossa família de maneira espontânea, informal.”